domingo, 27 de janeiro de 2008

Corantes podem causar hiperatividade em crianças, diz estudo

Uma pesquisa feita pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, concluiu que corantes e conservantes encontrados em alimentos infantis e refrigerantes podem ser relacionados a hiperatividade e distúrbios de concentração em crianças.
O estudo - encomendado pela Food Standards Agency, a Vigilância Sanitária da Grã-Bretanha, e publicado na revista científica Lancet - oferecia três tipos diferentes de bebidas a um grupo de 300 crianças de três, oito e nove anos de idade.
Uma das bebidas continha uma forte mistura de corantes e conservantes, outra tinha a quantidade média de aditivos que as crianças ingerem por dia, e a última era um placebo, sem nenhum aditivo.
Os níveis de hiperatividade foram medidos antes e depois de as crianças beberem um dos líquidos aleatoriamente.
Coquetel de aditivos
O grupo que ingeriu a mistura A, com alto nível de aditivos, teve "efeitos adversos significativos" em comparação com o que bebeu o placebo.
O pesquisador responsável pelo estudo, Jim Stevenson, defendeu que algumas misturas de corantes artificiais e benzoato de sódio, um conservante usado em sorvetes e doces, estavam ligadas a um aumento de hiperatividade.
"No entanto, os pais não devem achar que é possível prevenir problemas de hiperatividade completamente apenas retirando esses aditivos da comida", explicou ele.
"Sabemos que há muitos outros fatores nessa questão, mas pelo menos este (a ingestão de aditivos) é um que a criança pode evitar."
Hiperatividade
Entre 5% e 10% das crianças em idade escolar sofrem algum tipo de desordem de atenção, com sintomas como impulsividade, dificuldade de concentração e atividade excessiva.
Mais meninos que meninas são diagnosticados com o problema e as crianças afetadas pela condição geralmente tem dificuldades acadêmicas, com um desempenho fraco na escola.
Médicos dizem que fatores como a genética, o nascimento prematuro, o ambiente e a criação também podem ser associados à hiperativ
idade.

Ansiedade aumenta risco de doenças cardíacas, diz estudo

Uma nova pesquisa da University of Southern Califórnia, nos Estados Unidos, indica que a ansiedade pode aumentar o risco de uma pessoa desenvolver doenças cardíacas em até 40%.
Estudos anteriores já apontavam que pessoas com a personalidade do chamado Tipo A – com tendência à competitividade, falta de tempo, envolvimento em múltiplas funções, ansiedade excessiva e incapacidade de relaxar, entre outras características – têm maior propensão a desenvolver doenças cardíacas.
Agora, a nova pesquisa publicada na revista especializada Journal of American College of Cardiology diz que ansiedade a longo prazo eleva esse risco, mesmo quando outros fatores comuns são levados em consideração.
"O que estamos vendo vai além do que pode ser explicado por pressão sanguínea, obesidade, colesterol, idade, fumo, níveis de açúcar no sangue e outros fatores de risco para doenças cardiovasculares", afirma Biing-Jiun Shen, professor assistente de psicologia na University of Southern Califórnia, em Los Angeles, e um dos líderes da pesquisa.
Segundo Shen, o papel da ansiedade vai elém dos efeitos de depressão, raiva, hostilidade e outras emoções negativas. "Esses fatores psicológicos são importantes na previsão dos riscos de doença cardíaca, mas a ansiedade é única."
Ansiedade constante
"Homens mais velhos, com ansiedade constante ao longo de suas vidas, parecem ter maior risco de doenças cardíacas mesmo depois de considerados os níveis de depressão, raiva, hostilidade e comportamento do Tipo A."
Na pesquisa, Shen e sua equipe analisaram dados de um estudo anterior, realizado para analisar mudanças médicas e psicológicas associadas à idade de um grupo de 735 homens inicialmente saudáveis.
Os homens foram testados psicologicamente em 1986, quando apresentavam boa saúde cardiovascular. Durante os 12 anos seguintes, os participantes passaram por exames médicos em média a cada três anos.
A equipe de Shen mediu a ansiedade em quatro níveis diferentes:
a primeira media as dúvidas excessivas, pensamentos obsessivos e compulsões irracionais;
a segunda media introversão social, insegurança e desconforto em situações interpessoais;
a terceira media fobias, e medo de animais, situações ou objetos;
e a quarta media a tendência a se sentir tenso e sensações físicas em situação de estresse.
Além disso, os testes mediram hostilidade, raiva, comportamento do Tipo A, depressão e emoções negativas.
Também foram levados em consideração os hábitos de saúde dos participantes, como fumo, consumo de álcool e dieta.
Segundo os cientistas, os homens cujas respostas se encontravam entre os 15% com maior nível de ansiedade – em qualquer um dos tipos, ou em todas elas combinadas – apresentavam risco de desenvolver doenças cardíacas de 30% a 40% mais alto do que os outros participantes.
Aqueles com níveis de ansiedade mais altos apresentavam riscos ainda maiores. A relação continuou mesmo depois de levados em consideração riscos padrões de doenças cardíacas, como hábitos de saúde e características da personalidade.
"A boa coisa da ansiedade é que ela é bastante tratável", disse Shen. "Se alguém for muito ansioso, se sofre de ataques de pânico, fobia social ou preocupações constantes, nós recomendamos terapia."
"Apesar de serem necessárias mais pesquisas, nós esperamos que, reduzindo a ansiedade, nós consigamos diminuir o risco futuro de doenças cardíacas", acrescentou o pesquisador. "Esta é mais uma razão para pedir ajuda."
O estudo, no entanto, não analisou os efeitos da ansiedade para doenças cardíacas em mulheres.

Perda de parceiro aumenta em 20% risco de morte, diz estudo

Pessoas de luto pela perda de um parceiro amoroso correm mais risco de morrer nos primeiros meses após a perda, aponta uma análise de diversos estudos sobre o assunto, realizada por uma universidade holandesa e publicada nesta sexta-feira.
Segundo a análise, intitulada Health Outcomes of Bereavement ("O Impacto do Luto na Saúde", em tradução livre), o luto aumenta em cerca de 20% o risco de morte nos parceiros que sofreram a perda.
Um estudo, por exemplo, diz que 21% dos homens têm mais chances de morrer depois da morte da esposa, enquanto que, para as viúvas, o risco seria de 17%.
Liderada por Margaret Stroebe, da Universidade de Utrecht, a análise aponta que as pessoas em luto têm mais chance de terem doenças cardíacas, além de problemas psicológicos como depressão, perda de apetite e fadiga, que podem levar ao suicídio.
A pesquisa, publicada na revista científica The Lancet, indica que a deterioração da saúde entre os viúvos está relacionada ao aumento no consumo de álcool e ao estresse da perda da única confidente.
Já para as viúvas, as causas não são claras, mas os especialistas apontam que a solidão e o estresse psicológico causado pela perda podem ser fatores determinantes no aumento da mortalidade.
Os padrões são bem consistentes, o que nos leva a concluir que a mortalidade do luto é atribuída em grande parte ao chamado coração partido, o estresse psicológico causado pela perda.
“Os padrões são bem consistentes, o que nos leva a concluir que a mortalidade do luto é atribuída em grande parte ao chamado coração partido, o estresse psicológico causado pela perda”, afirma o estudo.
A pesquisa revela ainda que o risco de morte é maior nas primeiras semanas depois da perda do parceiro e diminui com o tempo.
Os resultados da análise indicam que homens que perdem as esposas têm três vezes mais chance de cometerem suicídio. O risco não aumenta em mulheres que perderam os maridos.
A revisão vai além dos casais e analisa o luto dos pais que perdem as crianças, citando um estudo realizado na Dinamarca em 2003.
Segundo a pesquisa, pais e mães que perdem os filhos sofrem um aumento no risco de suicídio depois da morte da criança. O estudo revela ainda que o risco é maior quanto mais jovem o filho e particularmente alto nos 30 dias depois da morte da criança.
Apesar dos riscos, os dados indicam que a maioria das pessoas consegue lidar com o luto sem a ajuda de especialistas.
Para a Margaret Stroebe, “a intervenção profissional deve ser direcionada para as pessoas que correm alto risco e para os que sofrem com complicações na perda, como depressão profunda e estresse”.

Estresse no trabalho "aumenta risco de doenças cardíacas"

Uma pesquisa realizada com servidores públicos em Londres e publicado na terça-feira, sugere que o estresse no trabalho pode aumentar o risco dos funcionários desenvolverem doenças cardíacas.
Segundo o estudo, empregados com idade abaixo de 50 anos que sofrem de estresse crônico têm 68% mais chance de desenvolver doenças cardíacas do que aqueles que trabalham em um ambiente livre de pressões.
"Entre os empregados com idade para se aposentar e que são menos expostos à trabalhos estressantes, as chances de desenvolver problemas no coração eram menores", disse Tarani Chandola, principal autor do estudo.
Além disso, a pesquisa indica ainda que 32% do impacto do estresse se deve à má alimentação e falta de exercícios entre os empregados estressados, fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardíacas.
O estudo, publicado na revista científica European Heart Journal, observou mais de 10 mil funcionários que trabalham para o governo britânico em vários cargos, durante 12 anos.
Segundo os pesquisadores, o status do funcionário dentro do organograma das instituições não parece influenciar o nível de estresse.
Qualidade de vida
Os pesquisadores analisaram a impressão dos empregados sobre o trabalho, e monitoraram a variação no batimento cardíaco, pressão sangüínea e o nível de cortisol - o hormônio do estresse - no sangue.
O estudo também analisou fatores como dieta, exercícios, fumo e bebida entre os participantes.
Segundo os autores, o estilo de vida foi identificado como um fator essencial para o desenvolvimento de doenças cardíacas entre os funcionários.
Para completar os dados da pesquisa, os cientistas coletaram informações sobre o número de empregados que apresentam doenças cardíacas, quantos haviam sofrido ataque cardíaco e o número de mortes provocadas por problemas no coração.
Mecanismos do estresse
Além de identificar o impacto do estresse no risco de contrair doenças cardíacas, os pesquisadores também analisaram os mecanismos biológicos que relacionam o estresse com as doenças.
Segundo os autores, o estresse atrapalha o funcionamento da parte do sistema nervoso responsável por controlar a variação dos batimentos e as funções do coração.
Os empregados que sofrem de estresse crônico apresentaram problemas nos impulsos que regulam os batimentos cardíacos.
Os pesquisadores identificaram ainda que o estresse causa distúrbios em uma grande parte do sistema neuroindócrino - responsável pela liberação de hormônios.
De acordo com autores, essa relação foi observada pois funcionários ansiosos apresentavam nível mais alto de cortisol na parte da manhã.
Corpo em forma
Segundo June Davison, porta-voz da British Heart Foundation, aifirmou que a pesquisa contribuiu para a compreensão sobre como o estresse no trabalho altera a química do corpo.
"O estudo reforça outras pesquisas que afirmam que o estresse no trabalho está associado a comportamentos pouco saudáveis como fumar, falta de exercício e má alimentação - fatores que causam impacto na saúde cardíaca", disse Davison.
"Podemos aprender a lidar com situações de estresse de várias formas", afirmou. "Manter-se em forma e ativo ajuda a aliviar o estresse e, portanto, reduz o risco de doenças cardíacas", conclui.

os 15 alimentos indispensáveis para uma dieta saudável

FLÁVIA MANTOVANI
MARCOS DÁVILA da Folha de S.Paulo
Combinação tipicamente nacional, a dupla feijão e arroz foi citada, mas não o suficiente para integrar a lista dos 15 alimentos que deveriam estar no cardápio do brasileiro pelo menos uma vez por semana. A seleção foi feita a partir dos votos de dez especialistas, entre médicos, nutricionistas e nutrólogos, ouvidos pela Folha.
FOLHAS VERDES
Excelentes fontes de fibras alimentares, vitaminas e sais minerais, fazem parte dos chamados alimentos reguladores. "A chicória crua ajuda a regular o nível glicêmico e é muito importante para diabéticos", afirma a bioquímica de alimentos Glaucia Pastore, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). "A alface é uma boa opção, pois é muito fácil de ser encontrada e, além das fibras, tem cálcio e vitaminas A, B e C", afirma o cardiologista Heno Ferreira, coordenador do Ambulatório de Síndrome Metabólica do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP. Segundo o endocrinologista Ricardo Meirelles, do departamento de diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, as folhas verdes contêm alta quantidade de ácido fólico, necessário para a produção de glóbulos vermelhos.
CARNE VERMELHA
O clínico-geral Abrão José Cury Júnior, diretor da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, explica que a carne vermelha, como os peixes, está no grupo dos alimentos construtores, fornecedores de proteínas. "A ingestão desses alimentos deve ser variada. É importante que as quantidades sejam individualizadas de acordo com o perfil clínico de cada pessoa", afirma. A carne vermelha também contém vitamina B12 e ferro, e a falta desses componentes no organismo pode gerar anemia. O ferro presente na carne é mais absorvido pelo organismo do que aquele de origem vegetal. "É importante consumir pelo menos uma vez por semana, já que a carne contém uma proteína necessária à formação da membrana das células", afirma a oncologista Célia Tosello de Oliveira, coordenadora do Centro de Estudos do IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer).
CENOURA
Assim como outros vegetais amarelos e vermelhos, possui uma grande quantidade de betacaroteno. De acordo com o cardiologista Heno Ferreira, os carotenóides presentes na cenoura são transformados em vitamina A, muito importante para a visão. Há estudos que revelam uma ação antioxidante dos betacarotenos. "Mas a cenoura, como o tomate, absorve muito agrotóxico, que também provoca câncer. A pessoa não pode exagerar na dose e pensar que está se protegendo", afirma a oncologista Célia Tosello de Oliveira. Segundo o endocrinologista Ricardo Meirelles, pesquisas mostram que é melhor consumir o betacaroteno naturalmente presente nas raízes, como a cenoura, nas frutas e em outros vegetais, do que tomar suplementos farmacêuticos. A nutricionista Sônia Tucunduva Phillipi, professora e pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da USP, afirma que a vitamina A contida na cenoura também é importante para a manutenção da pele e dos ossos.
PEIXE
Por apresentar baixo teor de gordura saturada, é uma ótima fonte de proteína. Para o nutrólogo Edson Credidio, diretor da Sociedade Brasileira de Nutrologia, deve estar na dieta pelo menos duas vezes por semana. Alguns peixes de água fria, como salmão e bacalhau, são ricos em ômega 3 --uma gordura poliinsaturada que aumenta o colesterol "bom" e reduz o "ruim" e é importante para a redução de triglicídeos. "O ômega 3 faz parte dos ácidos graxos essenciais, que o corpo não fabrica. Isso significa que, se a pessoa não consumir, não vai ter essa substância no corpo", afirma. Segundo ele, peixes de mar têm mais ômega 3, pois a presença dessa gordura está relacionada com o consumo de plâncton. "Mas atualmente os peixes criados em piscicultura recebem ração com ômega 3", afirma. "Essa substância tem uma ação antiinflamatória, que impede a formação de coágulos, prevenindo infartos e derrames", completa o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Instituto de Metabolismo e Nutrição.
AZEITE
Consumido pelo homem desde a Antigüidade, o azeite de oliva é rico em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a elevar o HDL (colesterol "bom") e a reduzir o LDL (colesterol "ruim"). "Cerca de 20% das calorias diárias consumidas por uma pessoa devem vir da gordura monoinsaturada, 10%, da poliinsaturada e até 7%, da saturada", afirma o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni.
O azeite também tem propriedades antioxidantes e combate os chamados radicais livres, associados ao câncer.
Para aproveitar melhor os benefícios desse alimento, o recomendável é consumi-lo na forma extravirgem, menos refinada. De acordo com Daniel Magnoni, cada pessoa deve ingerir 20 ml (o equivalente a duas colheres de sopa) diariamente.
Como suas propriedades se perdem com o aquecimento, ele deve ser usado frio, no tempero da salada, por exemplo.
LEITE
É um dos principais fornecedores de cálcio e de vitamina A, além de possuir proteínas de alto valor biológico. Adultos devem dar preferência aos leites desnatados e semidesnatados, mais indicados por apresentar um nível de gordura inferior. "Não existe outro alimento que tenha a concentração de cálcio semelhante à do leite", afirma o cardiologista Heno Ferreira. Ele recomenda a ingestão de três copos por dia, principalmente para as mulheres. "É uma forma de prevenir a osteoporose, mais comum nelas", diz. Segundo ele, quem tem intolerância a lactose ou alergia às proteínas do leite deve procurar algum tipo de suplementação de cálcio. "É indispensável em todas as fases da vida", afirma a nutricionista Marilane Dionisio, coordenadora de nutrição do Hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. "Mas é preciso ter cuidado para não aumentar a ingestão de calorias. Um consumo aceitável fica em torno de 200 ml por dia", afirma.
ALHO
Muitas propriedades terapêuticas vêm sendo atribuídas pela cultura popular a esse alimento. Nem todas, no entanto, são comprovadas cientificamente. Segundo Jocelem Mastrodi Salgado, pesquisadora e professora titular de nutrição da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz)/USP e presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais, pesquisas recentes mostram que alguns de seus componentes, como a alicina, inibem uma bactéria que causa a úlcera e que tem sido apontada como precursora do câncer gástrico. Trabalhos científicos também mostram que ele ajuda a manter a pressão arterial regulada e a diminuir o colesterol "ruim" (LDL).
Como o aquecimento acima de 50ºC destrói seus princípios ativos, o recomendável é consumi-lo cru, no tempero de saladas, por exemplo.
LARANJA
Conhecida por ser fonte de vitamina C --tem cerca de 50 mg a cada 100 g, apenas 10 mg a menos do que a recomendação diária do nutriente--, a laranja também possui flavonóides, que são responsáveis por sua ação na prevenção do câncer.
Segundo a bioquímica de alimentos Gláucia Pastore, o efeito dos flavonóides é potencializado pela presença da vitamina C. "Trata-se de uma mistura muito interessante", diz.
Como o processo de oxidação do suco de laranja é muito rápido, uma sugestão é tomá-lo logo depois de ele ser preparado. "Quando ingerida com bagaço, a laranja é uma excelente fonte de fibras, nutrientes que auxiliam o funcionamento intestinal", acrescenta o endrocrinologista Ricardo Meirelles.
SOJA
A soja ganhou fama por ajudar a atenuar os sintomas da menopausa - ação realizada por suas proteínas com um fitoestrógeno denominado isoflavona, que tem estrutura molecular semelhante à do hormônio humano. Mas, segundo a professora de nutrição Jocelem Salgado, estudos mostram que ela também atua na prevenção de doenças cardiovasculares, do câncer de próstata e do câncer de mama dependente de estrógeno. Como nos países ocidentais o consumo da leguminosa não costuma atingir a quantidade necessária para que ela traga benefícios, em alguns casos é recomendável tomar seus compostos ativos isolados. Para retirar o sabor característico que pode ser desagradável, é recomendável jogar um pouco de água corrente sobre os grãos cozidos.
AVEIA
Desde 1997, a FDA (Food and Drug Administration, agência norte-americana que fiscaliza alimentos e remédios) reconhece que o consumo regular de aveia ajuda a prevenir doenças cardíacas. Isso se deve a uma fibra solúvel chamada betaglucano, que ajuda a reduzir o colesterol "ruim" (LDL). Quem tem problemas gastrointestinais deve prestar atenção especial ao farelo, rico em fibras insolúveis, que regulam o funcionamento do intestino. Segundo a oncologista Célia Tosello de Oliveira, a aveia também atua na prevenção do câncer. "Ela auxilia na formação e na eliminação do bolo fecal, reduzindo a incidência de câncer do intestino e do tubo digestivo", afirma a médica.
BANANA
A vantagem da banana é a alta quantidade de frutose e de potássio. Segundo o cardiologista Heno Ferreira, o potássio exerce um efeito protetor em relação à hipertensão. "É uma substância vasodilatadora. Para quem precisa tomar diurético, por exemplo, é recomendada uma alimentação rica em potássio", afirma Ferreira. A nutricionista Marilane Dionisio explica que o potássio também melhora a circulação do sangue no organismo, diminuindo a incidência de cãibras. "E a ingestão de banana é uma forma de repor rapidamente o potássio em caso de diarréia, por exemplo". A fruta possui também vitaminas A, B1, B2 e C, que ajudam a tranqüilizar o sono e melhoram o humor.
FRUTAS OLEAGINOSAS
A castanha-do-brasil (ou castanha-do-pará), as nozes e as avelãs são exemplos de alimentos desse grupo. As oleaginosas são ricas em selênio, oligoelemento relacionado com o sistema imunológico e com as funções do sistema nervoso central. No caso da castanha-do-brasil, apenas uma unidade é capaz de fornecer a necessidade diária de selênio. Suas gorduras, monoinsaturadas, ajudam a prevenir doenças cardiovasculares. Uma delas, chamada betasistosterol, dificulta a absorção do colesterol pelo organismo. Segundo o nutrólogo Edson Credidio, alguns estudos mostram que as oleaginosas ajudam a prevenir câncer, esclerose múltipla e mal de Alzheimer.
TOMATE
A cor vermelha do tomate é dada pelo alto teor de licopeno, uma substância antioxidante que combate os radicais livres. Segundo a bioquímica de alimentos Glaucia Pastore, os produtos derivados de tomate, como molhos, têm mais licopeno disponível do que o tomate in natura. "Com o calor, a biodisponibilidade do licopeno aumenta", complementa a nutricionista Marilane Dionisio. Ela afirma que, mesmo depois de passar pelo processo de industrialização, o licopeno não é destruído. "Mas é preciso procurar um produto com baixo teor de calorias e de sódio."
BRÓCOLIS
Os brócolis contêm fitoquímicos que inibem o desenvolvimento de bactérias causadoras de gastrite e de úlcera estomacal e ajudam na prevenção do câncer. Da família dos vegetais crucíferos (à qual pertencem também o espinafre e a couve), eles são ricos em vitaminas C e A e em ácido fólico, ferro, potássio, cálcio e selênio. São também as hortaliças com a maior concentração de ferro (15 mg a cada 100 g do vegetal). O ideal é comer os brócolis cozidos, já que, quando crus, eles possuem certas enzimas que atrapalham a absorção de seus nutrientes.
IOGURTE
É indicado para a prevenção do câncer e para o controle do colesterol. De acordo com a professora de nutrição Jocelem Mastrodi Salgado, as bactérias probióticas (benéficas à saúde) presentes nos iogurtes atuam no equilíbrio da microflora intestinal e nas disfunções do trato intestinal, como diarréias e constipações. Além disso, essas bactérias melhoram o sistema imunológico e aumentam a absorção de cálcio pelo organismo. É também uma importante fonte de proteínas, zinco e vitaminas A e do complexo B.

Vitamina C pode bloquear tumores cancerígenos, indica pesquisa

Da France Presse, em Washington
A vitamina C e outros antioxidantes podem impedir o desenvolvimento de certos tumores cancerígenos ao neutralizar uma proteína (HIF-1). É o que apontam os resultados de pesquisa da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Alguns tipos de câncer de avanço rápido, como o de fígado, consomem tanta energia que queimam todo o oxigênio a sua volta, fazendo com que dependam exclusivamente de uma proteína denominada HIF-1 para sobreviver.
Essa proteína, descoberta há décadas por cientistas americanos, compensa a diminuição de oxigênio disponível nas células. Contudo, não consegue funcionar sem radicais livres, partes instáveis e muito reativas de uma molécula. Os antioxidantes, como a vitamina C, destroem os radicais livres e neutralizam o HIF-1, bloqueando o desenvolvimento do tumor.
Essa descoberta foi feita com ratos de laboratório com câncer induzido. A pesquisa foi coordenada pelo cientista Chi Dang, professor especialista em câncer.
Segundo Dang, as características anticancerígenas potenciais dos antioxidantes motivaram numerosos ensaios clínicos e estudos nas últimas décadas. "Descobrindo o mecanismo pelo qual atuam os antioxidantes, podemos maximizar os esforços terapêuticos", afirma ele.

Alimentação equilibrada ajuda a envelhecer com qualidade de vida

PARIS (AFP) - Uma alimentação saudável, com a quantidade de proteínas concentrada no almoço, pode contribuir para melhorar o processo de envelhecimento, adiando a degeneração muscular, a osteoporose e a redução das faculdades intelectuais.
Por ocasião do 48º Dia Anual de Nutrição e Dietética, que reúne em Paris nesta sexta-feira mil profissionais do setor, os nutricionistas explicam as vantagens de comer bem.
Para a gerontologista Monique Ferry, "envelhecer sem patologia nem incapacidade, mantendo um nível de atividade física e cognitiva elevado, é totalmente factível".
"Para conseguir isto o fator modificável mais acessível é, sem dúvida nenhuma, a a alimentação", acrescenta.
Como ressalta Bernard Guy-Grand, expecialista em nutrição, embora se recomende "uma alimentação frugal", os idosos não devem reduzir o aporte protéico. "As perdas de peso depois de 70 anos são tóxicas", explica.
Ele insiste na importância das proteínas - contidas nos ovos, laticínios ou carne bovina - e dos glicídios de absorção lenta, como o feijão branco, o grão-de-bico ou a lentilha.
O professor Yves Boirie da Universidade francesa de Clermont-Ferrand considera que não se deve esquecer a redução de massa muscular, que pode resultar em uma doença.
Para combater a mesma, Boirie sugere a absorção de um ácido aminado essencial como a leucina, que estimula a síntese das proteínas musculares. É encontrado nas proteínas lácteas, grãos de soja, lentilhas, carne de vaca e amendoins.
Como recomenda a "crononutrição", 80% das proteínas alimentares devem ser ingeridas no almoço, porque assim são mais bem assimiladas.
Para lutar contra a osteoporose, os nutricionistas recomendam uma quantidade adequada de proteínas e de cálcio, assim como de vitamina D para transportar o cálcio até as células ósseas. No caso das mulheres com menopausa o aporte de cálcio não faz mais que retardar o processo, advertem os especialistas.
Por outro lado, há poucas certezas sobre as causas do "declive cognitivo", que engloba tanto a perda de memória como as demências (como o mal de Alzheimer), o que torna difícil um remédio. De todas as formas, os nutricionistas mencionam diversos estudos que sugerem "um papel protetor das vitaminas B" e E.
Bernard Messing, diretor do serviço de gastroenterologia do hospital Beaujon, nas proximidades de Paris, insiste na importância da atividade física por contribuir à reconstituição da massa muscular em caso de fratura.
"A alimentação não é mais do que uma parte do problema", diz Guy-Grand.
No que todos concordam é na necessidade de comer de tudo, porque não existem os alimentos bons e ruins. Não se devem excluir os açúcares e as gorduras para não cair na "lipidofobia ou sacarofobia", opina o professor Guy-Grand.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Exercício e Coração

Autor: Prof. Dr. Domingo Marcolino Braile - Cirurgião Cardiovascular
A maioria de nós só anda de carro e elevadores e ficamos em casa ou no escritório sentados. Outros acham que, por terminarem o dia cansados, já fizeram exercícios que bastasse. No entanto, isso é inatividade física, o que é bastante prejudicial à saúde e aumenta o risco de ataque cardíaco. A pesquisa científica já provou que, comparada com a que faz exercícios regularmente, a pessoa de pouca ou nenhuma atividade física tem maior risco de ter um ataque cardíaco e maior risco de morrer imediatamente após o ataque cardíaco. Além disso, o exercício regular ajuda a controlar a pressão alta, o vício do fumo, e a diabete, a obesidade e as altas taxas de gordura no sangue.
Mas, todo mundo pode fazer exercícios? Se não houver contra-indicação médica, todos podem fazer exercícios? Se não houver contra-indicação médica, todos podem se exercitar. Quem deve consultar o médico antes de iniciar um programa de exercícios? Todos aqueles que tem qualquer problema cardíaco já conhecido, aqueles que tem dor no peito ou nos braços, ou falta de ar aos esforços, os que tem tonturas freqüentes, os que tem pressão alta ou nunca mediram a pressão, os que tem problemas nas juntas (articulações), os maiores de 60 anos que não estejam acostumados a exercícios, os que tem história familiar de enfarte ou angina abaixo dos 50 anos e os que tem problemas médicos que exigem recomendações especiais para exercitar-se. Todos esses devem consultar um médico antes de iniciar um programa de exercícios.
Qualquer exercício é bom para o Coração? O exercício para ser benéfico para o Coração e Pulmões, tem que preencher 3 condições: ser enérgico (que torne as pulsações do Coração mais rápidas, de 30 a 50 por minutos); ser mantido (por 15 a 30 minutos sem interrupção ) e ser regular (repetido pelo menos 3 vezes por semana).
Qualquer exercício com essas características poderá ser realizado: andar de bicicleta, jogar tênis, futebol, pular corda, bicicleta estacionaria, ginastica. Exercício de pouco esforço ou muita interrupção não serve (por exemplo, andar lento, golfe, tênis em duplas, boliche, voleibol). Qualquer exercício uma só vez por semana, além de não adiantar nada, pode ser prejudicial, porque a pessoa sempre fará esforço intenso, sem condicionamento físico.
Decida-se hoje mesmo a iniciar um programa racional de exercício. Escolha o de sua preferência, consulte o seu médico, se for o caso e comece progressivamente, sozinho ou em grupo. Comece por exemplo, com 5 minutos de aquecimento (ginastica ou alongamento ou andar a passo moderado) seguidos de 15 minutos de esforço mais enérgico e termina com 5 minutos de desaquecimento. Faça isso ao menos 3 vezes por semana, aumentando progressivamente, o tempo do esforço enérgica cada semana, ate atingir 30 minutos por dia.
Se você for obrigado a interromper por vários dias, recomece em nível inferior de esforço e vá aumentando novamente, progressivamente. Não tenham pressa, seja cauteloso. Esse programa é para toda a vida. Faça-o interessante e desejável.
"Cuide bem do seu coração, afinal ele bate o tempo todo por você."

Qualidade de Vida

Nos dias atuais, todas as pessoas estão buscando uma forma de melhorar sua qualidade de vida. Assim sendo, esta busca de uma vida mais saudável está relacionada com uma maneira de aliviar o estresse, que é uma constante na vida de todos aqueles que não param para relaxar. Isso devido à correria do dia-a-dia. As tensões vão se acumulando e, sem perceber, esse acúmulo começa a produzir um grande desequilíbrio mental e físico.
Se você se enquadra como uma pessoa que não acha tempo para cuidar da saúde, aí vai uma boa e importante dica:
Para se ter uma boa forma física, um bom equilíbrio mental e emocional, é preciso se adequar a algum tipo de exercício físico que faça com que vivamos momentos de prazer, cuidando da saúde e assim sendo esquecemos das atribuições ocorridas na vida diária.
As pessoas que se adaptam a algum tipo de atividade física, passarão a se sentir melhor, mais leve, mais dinâmicas, animadas, felizes, cheias de vida, enfim, saudáveis. Mexer com o corpo, brincar com os movimentos que ele pode executar, aprender a conhecê-lo respeitando suas limitações, tornarão as pessoas mais calmas e emocionalmente mais estáveis.
É importante salientar que o objetivo de uma atividade física é fazer com que as pessoas, ao realizá-las, sintam prazer e alegria na atividade escolhida.
Como toda atividade que visa a melhoria do corpo e da mente, tem como parte principal o relaxamento. Esse trabalho vai fazer com que as pessoas saiam relaxadas, aliviadas e, conseqüentemente, mais satisfeitas com os objetivos propostos. A respiração em harmonia com os movimentos de relaxamento é de muita importância. Nós, profissionais, temos que ter a preocupação de ensinar aos alunos a respirar com harmonia durante todo o trabalho; inspirar e expirar alivia as tensões e traz uma sensação de bem estar.
Preocupada com a melhoria da qualidade de vidas das pessoas nos dias atuais, particularmente afirmo como profissional que: ninguém está suportando viver sedentariamente, todos estão de alguma maneira procurando algo que lhe faça bem e cabe a nós, profissionais da área, auxiliar essas pessoas em suas dificuldades e necessidades.
O ser humano encontra-se em constante busca. Procuramos pôr algo que nos dê a sensação de paz e eternidade do momento. Esse encontro que, embora indefinido, procuramos incessantemente, é a descoberta da Harmonia.

Fonte: Prof. Sílvia Rodrigues, professora de Educação Física, responsável pela hidroginástica do Clube Monte Líbano de S.J. Rio Preto. julho de 1997).

sábado, 19 de janeiro de 2008

Seis motivos para evitar obesidade

(BR Press*) - É preciso pensar sempre no assunto, não há dúvidas. E tomar aquela resolução de começar uma dieta na segunda-feira é típico. Porém, é no fim de ano em que, normalmente, as pessoas passam dos limites bebendo e comendo mais do que devem. E é geralmente nesta época em que o assunto dieta vem à tona como meta para o ano que se inicia. Por isso, a seguir, especialistas dão aquela força aos que decidirem começar e viver de forma mais saudável e deixar para trás a obesidade.
Enquanto você reflete e tenta responder as perguntas abaixo, médicos informam por que e como é importante controlar o peso. Isso significa mais saúde e longevidade, beleza, bem-estar e a certeza de estar no rumo certo.
Quanto você se importa com sua visão?
De acordo com o doutor Renato Neves, oftalmologista e diretor do Eye Care Hospital de Olhos, a obesidade causa impacto direto sobre a visão, podendo desencadear problemas sérios com o passar do tempo. "Estudos norte-americanos mostram que consumir carboidratos com alto índice glicêmico, ou seja, que se transformam rapidamente em açúcar, aumentam as chances de a pessoa desenvolver degeneração macular relacionada à idade, que é uma doença degenerativa da visão e uma das causas de cegueira na terceira idade".
Neves diz que bolos, biscoitos, pizzas, pão branco e todos os tipos de doces têm índice glicêmico mais alto do que alimentos como arroz integral e legumes. "Além da degeneração macular, como a obesidade também acaba favorecendo o aparecimento do diabetes, há também sérias complicações nesse sentido".
Quanto você quer ter filhos?
Pesquisadores da Universidade de Valência, na Espanha, revelaram que o endométrio – tecido que reveste a parede do útero – de mulheres com sobrepeso ou obesas costuma apresentar problemas relacionados à fertilidade.
De acordo com a ginecologista Silvana Chedid, especialista em Medicina Reprodutiva, mulheres obesas têm mais dificuldade para engravidar e estão mais propensas a sofrer um aborto. "O excesso de peso tanto pode surtir efeito nos ovários, onde os óvulos são produzidos, como no endométrio, onde são depositados os óvulos fertilizados. Além disso, o excesso de peso põe em risco a saúde da mãe e do bebê, podendo favorecer o surgimento de diabetes gestacional ou mesmo hipertensão".
Silvana Chedid chama atenção para vários estudos que comprovam que homens acima do peso têm espermas de pior qualidade, enfrentando dificuldades para ter filhos. "Em alguns casos, perder peso contribui para aumentar as chances de concepção. O problema se agrava quando, além de estar acima do peso, o homem tem mais de 40 anos e é fumante. Nesse ponto, a ciência pode socorrer, porque atualmente há métodos muito eficientes para tratar a infertilidade masculina".
Quanto você valoriza os seus movimentos?
Jovens adultos que estão com sobrepeso ou são obesos podem estar "condenados" à cirurgia de quadril no futuro. Pesquisas reforçam a importância de se controlar o excesso de peso ainda na infância e adolescência, já que, na fase adulta, os riscos de sofrer de artrite severa e necessitar passar por uma cirurgia do quadril são duas ou três vezes maiores.
"O impacto de ser um jovem obeso ou estar sempre com sobrepeso é muito maior sobre as articulações do quadril e joelho do que aquela pessoa que engordou depois dos 40 anos", diz o ortopedista Lafayette Lage, especialista em cirurgias de quadril e medicina esportiva.
Quanto você se preocupa em ter um corpo bonito?
"Por uma questão cultural, o corpo 'ideal' está relacionado ao mercado de trabalho, às questões afetivas e de relacionamento. Hoje em dia, a grande maioria dos jovens não encara a obesidade do ponto de vista da saúde – mas da estética", diz o professor Luiz Gonzaga Leite, chefe do setor de psicologia do Hospital Santa Paula. "E essa tem sido a causa de sofrimento, depressão e de comportamentos de esquiva social, que prejudicam a qualidade de vida desses jovens", continua.
A lipoaspiração vem ganhando força entre jovens que, insatisfeitos com o corpo, acreditam que é mais fácil passar por uma cirurgia plástica do que mudar os hábitos. "Alertar tanto as jovens quanto seus pais que a lipoaspiração é contra-indicada antes dos 18 anos é um dever profissional. Cabe ao cirurgião plástico ter uma longa e explicativa conversa sobre o procedimento antes de tomarem qualquer decisão", diz o cirurgião plástico Fabrício Torres, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Torres teme a banalização da cirurgia plástica por parte do público jovem e afirma que todo procedimento cirúrgico, ainda que seja para eliminar gordura localizada, envolve os mesmos riscos de qualquer outra cirurgia. "Não se trata de uma decisão baseada apenas no poder aquisitivo, mas na maturidade da paciente. Além disso, há hábitos que contribuem para um melhor (ou pior) resultado. O fumo, a má alimentação e o sedentarismo ao longo da vida refletem na recuperação. Quem leva uma vida saudável certamente tem o organismo trabalhando em seu favor".
Quanto você ama seu coração?
Estudo americano desenvolvido na Boston University School of Medicine revela que mesmo as pequenas perdas de peso contribuem para diminuir os riscos de hipertensão, já que a obesidade é apontada como o principal fator de risco para o aumento da pressão arterial e, conseqüentemente, para as doenças do coração.
"Não é necessário perder 20 quilos para sentir benefícios à saúde. Ainda assim, quanto mais acima do peso o paciente estiver, tanto mais massa extra ele terá de se livrar", diz Otávio Gebara, médico cardiologista do Instituto de Cardiologia de São Paulo.
Segundo o especialista, o próprio entusiasmo da pessoa que inicia um processo de emagrecimento faz com que ela mude seu estilo de vida e passe a incorporar atividades em seu dia-a-dia que também colaboram para diminuir a incidência de hipertensão e diabetes. "O paciente que emagrece se sente mais disposto a praticar esportes, caminhadas e outras atividades que colaboram para manter o peso".
Quanto você quer ter uma vida saudável?
Os hábitos desregrados de hoje recairão sobre a saúde amanhã, facilitando o aparecimento de doenças e favorecendo o envelhecimento. Essa é a opinião da doutora Sandra Houly, clínica geral do Hospital Santa Paula. "Você é aos 40 anos o que você cultivou aos 20. A isso se deve o aumento da obesidade, dos distúrbios do sono, das doenças do coração, renais ou hepáticas. É preciso alertar os jovens para a urgência de adotarem hábitos de vida mais saudáveis desde já".
A médica propõe uma mudança radical na vida dos jovens que, hoje, não têm hora para comer e ainda se fartam de lanches, pizzas e salgadinhos em frente do computador. "É imprescindível que o jovem aprenda a comer bem. O café da manhã deve ser a principal refeição do dia. Frutas, que são ricas em nutrientes e fibras, auxiliando na digestão, não podem continuar sendo ignoradas. Praticar esportes, caminhar e procurar não virar as noites nas baladas, além de evitar o consumo elevado de álcool e tentar parar de fumar imediatamente", aconselha a doutora Sandra Houly, que teme por uma geração de jovens adultos envelhecidos precocemente e doentes.
(*) Com Press Página Projetos de Comunicação.

Gastando mais ou menos energia

Muitas vezes você já deve ter se deparado com esta dúvida: por que existem pessoas magras, que comem de tudo e não engordam, enquanto outras lutam para perder alguns quilos e não conseguem?
Essa questão pode ser solucionada entendendo um pouco mais sobre o metabolismo de cada um. Afinal de contas, é este conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula, que está diretamente relacionado à taxa de calorias queimadas pelo organismo.
Pessoas com metabolismo lento têm dificuldades para emagrecer, ao passo que, quando essa queima é mais acelerada, mais fácil é manter a boa forma. Genética, idade, peso, altura, sexo e até temperatura ambiente são fatores que influenciam no metabolismo, ou seja, no gasto menor ou maior de energia. No entanto, é possível acelerar este processo através de algumas atitudes cotidianas.
O tempo entre uma refeição e outra, por exemplo, não deve ser muito longo. Quanto maior o tempo, mais lento é o seu metabolismo. A falta de água no organismo também desacelera o metabolismo. O líquido é fundamental para transportar hormônios, vitaminas e minerais, além de facilitar o trânsito intestinal e a eliminação de toxinas.
Comer devagar, mastigar bem os alimentos e reduzir o consumo de gordura e de alimentos ricos em açúcar e farinhas refinadas também são comportamentos estimulante. Grãos integrais, legumes, frutas e verduras levam mais tempo para serem digeridos, e por isso, aceleram o metabolismo. Para finalizar, vale praticar exercícios, principalmente os aeróbicos (caminhada, natação, ciclismo, esteira, bicicleta). A atividade regular ajuda a transformar glicose e gordura em energia.
Equipe Bem Star

Problemas precoces de visão

Ao contrário do que muitos pensam, não é só na velhice que a incidência de problemas visuais é grande. Na infância e adolescência, estes problemas também são freqüentes. Portanto, dores de cabeça constantes, dificuldades na hora da leitura, olhos piscando e lacrimejantes e vista cansada podem ser sintomas de que algo não vai bem. No caso do jovem, por exemplo, a atenção deve ser especial, principalmente porque é o período em que ele fica mais tempo em frente ao computador e também exposto ao sol, que são possíveis causas de doenças nos olhos. E ainda: na adolescência, as alterações de grau mudam muito rápido.
A saúde dos olhos, na verdade, deve ser observada desde o nascimento. Só assim é possível prevenir e tratar todo o tipo de problema que pode surgir ao longo da vida. De 1 a 4 anos, as mães devem estar atentas às alterações que podem ocorrer como desvio dos olhos, estrabismo e dificuldades em geral. A partir dos 4 anos, quando a criança já está na escola, é que os problemas ficam mais evidentes. A professora, nesta ocasião, tem papel importante nas descobertas. Afinal de contas, problemas de visão estão diretamente relacionados a dificuldades de aprendizado, de relacionamento e de atenção.
É fundamental, ao constatar algum destes inconvenientes na criança, levá-la imediatamente ao oftamologista. No caso dos jovens, é importante estimulá-los ao diálogo, de maneira que manifestem o que sentem. Só um especialista vai poder, através dos exames, diagnosticar o tipo de distúrbio vigente. Está nas mãos dele aplicação e prescrição de medicamentos e colírios. Assim como indicações ou não de possíveis cirurgias. Essa visita deve ser regular.
Equipe Bem Star

Toques que aliviam

Por que um simples segurar de mãos alivia, em algumas situações, ansiedades e até mesmo dores? Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos comprova que o contato físico, mesmo que venha de um estranho, traz resultados positivos, provocando, especialmente, sensações de bem-estar.
Se uma pessoa querida efetua qualquer tipo de toque, seja nas mãos, na cabeça ou em qualquer outra parte do corpo, em forma de carinho, há uma redução dos hormônios do estresse. Este quadro melhora a capacidade de reação do sistema imunológico, o metabolismo, a freqüência cardíaca, a respiração, as ondas cerebrais, além de proporcionar efeito analgésico. É impossível, portanto, desconectar evidências do elo entre corpo e mente.
A pesquisa enaltece ainda que o tato é a primeira sensação que se desenvolve. Para o bebê, por exemplo, esse contato exerce papel fundamental. A privação ao contato físico, sobretudo até os seis meses de idade, pode fazer com que elas se tornem pouco tolerantes às frustrações.
Equipe Bem Star

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Bactéria resistente dissemina-se entre gays, diz estudo dos EUA

Por Amanda Beck

SAN FRANCISCO, EUA (Reuters) - Um tipo resistente e mortal de bactéria conseguiu ultrapassar as fronteiras dos hospitais norte-americanos e passou a ser transmitido em relações sexuais mantidas por homens gays, afirmaram pesquisadores na segunda-feira.
Segundo os cientistas, a bactéria "Staphylococcus aureus", ou MRSA (sigla em inglês para Staphylococcus aureus resistente à meticilina), começou a aparecer fora de hospitais nas cidades de San Francisco, Boston, Nova York e Los Angeles.
Os homens gays sexualmente ativos de San Francisco correm um risco 13 vezes maior de serem contaminados do que seus pares heterossexuais, disseram os pesquisadores na revista Annals of Internal Medicine.
"Quando isso atingir a população em geral, estaremos diante de uma doença realmente impossível de ser controlada", afirmou Binh Diep, pesquisador da Universidade da Califórnia em San Francisco, que comandou o estudo. "É por isso que estamos tentando divulgar a mensagem da prevenção."
Segundo análises químicas, a bactéria espalha-se entre as comunidades gays de San Francisco e de Boston.
"Acreditamos que ela esteja se disseminando por meio da atividade sexual", afirmou Diep.
Essa superbactéria pode provocar infecções mortais ou desfiguradoras. E o tratamento contra ela passa muitas vezes pela utilização de antibióticos caros administrados na veia.
Em 2005, o MRSA matou cerca de 19 mil norte-americanos, a maior parte deles em hospitais, segundo um artigo publicado em outubro na revista Journal of the American Medical Association.
Cerca de 30 por cento das pessoas são portadoras de Staphylococcus comuns. A bactéria pode ser transmitida por meio do contato entre duas pessoas ou ao depositar-se sobre superfícies e objetos.
O Staphylococcus pode provocar infecções profundas na epiderme e pode penetrar no organismo por meio de uma ferida, por exemplo.
As pessoas portadoras da bactéria costumam apresentá-la no nariz, mas o MRSA pode viver também na região do ânus e ser transmitido por meio da relação sexual.
A incidência do MRSA está aumentando junto com o ressurgimento da sífilis, da gonorréia retal e de novos casos de contaminação pelo HIV em parte por causa da eficiência dos tratamentos contra a Aids e do aumento de comportamentos de risco, tais como consumir drogas injetáveis e ter relações sexuais que provocam esfolamento da pele, escreveu a equipe de Diep.
"A probabilidade de alguém contrair qualquer uma dessas doenças cresce com o número de parceiros sexuais que se tem", afirmou Diep. "O mesmo pode ser dito a respeito do MRSA, provavelmente."
A contaminação pela bactéria costuma manifestar-se por meio de erupções vermelhas na pele. Se não forem tratadas, a áreas podem inchar e se encher de pus.
A melhor forma de evitar a contaminação é lavar as mãos e a área genital com água e sabonete, disse Diep.

Gastrite na Infância

Resumo
Crianças em idade escolar e com muitos irmãos apresentam altas taxas de infecção por Helicobacter pylori, Bactéria que provoca dor no estômago.
Hábitos quase inocentes estão expondo crianças a um risco. Especialistas em gastroenterologia pediátrica alertam que está aumentando o percentual de crianças infectadas pelo Helicobacter pylori, a bactéria que causa gastrite e úlcera péptica. Estima-se que, no Brasil, 10% dos bebês de até um ano de idade já tenham o microrganismo no estômago. As taxas aumentam com o passar do tempo na proporção de 5% a cada ano de vida e, ao atingirem a idade escolar, cerca de 30% dos pequenos estão contaminados. A transmissão da bactéria ocorre por via oral-oral e fecal-oral e os médicos dizem que os pais são os principais responsáveis pela proliferação do H. pylori.
O uso compartilhado de objetos que vão à boca como talheres, canudos e copos, além de hábitos como sapecar beijinhos na boca das crianças são comportamentos que devem ser banidos, dizem os médicos.
“Essa é uma doença que se pega dentro de casa. E temos identificado a bactéria em crianças com mais freqüência. No entanto, é bom lembrar que esse crescimento se deve, em parte, ao fato de que as bactérias de rastreamento estão mais acessíveis” – explica Antônio Calçado, chefe do serviço de gastroenterologia pediátrica da UFRJ, destacando, porém, que nem todo portador de H. pylori desenvolverá doença gástrica. Segundo ele, os fatores que levam uma pessoa a desenvolver a gastrite ou úlcera ainda não estão totalmente claros. É possível que fatores genéticos ou ambientais estejam relacionados. No entanto, podemos afirmar que o estresse é apenas um fator associado, e não determinante como se supunha antigamente. A idéia de que a gastrite é uma doença nervosa está ultrapassada.
Sintomas são diferentes estômago
A forma como a doença se manifestará também varia.“Há crianças que têm a gastrite aguda. Outras que não apresentarão sintomas, mas que podem, no futuro, desenvolver uma úlcera ou câncer de estômago. Por isso, é importante tratar a dor e se certificar de que a bactéria foi embora. Se ela não for eliminada, a doença volta” – alerta o especialista.
Pesquisas mostram que a infecção tem relação com o nível socioeconômico. Em países desenvolvidos, a presença da bactéria em crianças com menos de 10 anos varia de 3,5% a 10%, enquanto em adultos entre 40 a 60 anos pode chegar a 60%. Em sociedades em desenvolvimento, os percentuais são tão elevados nas crianças quanto nos adultos e a doença se espalha por várias camadas sociais.
O gastropediatra Silvio da Rocha Carvalho, médico do Instituto Martagão Gesteira, tem observado aumento da incidência de gastrite em menores de 12 aos na rede pública e no consultório particular. Segundo ele, o diagnóstico é feito por endoscopia e a presença da bactéria é descoberta com exames de sangue, fezes e sopro (carbono inalado).“Mas existem outras situações que levam à inflamação do estômago. Alguns remédios podem levar à gastrite medicamentosa. Tratamentos com hormônios agridem a parede gástrica. Crianças internadas por longos períodos também podem desenvolver a doença – explica.
O médico acrescenta que hábitos alimentares errados agravam o quadro: “Uma dieta ácida, com refrigerantes, por exemplo, ou rica em gorduras tende a aumentar as dores.”
Gordura deve ser evitada
Ana Aparecida Domingos Tomás, de 2 anos e quatro meses, começou a reclamar de dores de barriga há cinco meses. Como o sintoma não desapareceu, foi submetida a exames de sangue e o diagnóstico mais provável é gastrite. “Muitas vezes as crianças têm sintomas de dor de barriga e diarréia e o médico acha que é virose. Retirei alguns achocolatados e outros alimentos da dieta da minha filha e houve alívio. O pediatra receitou medicamento para a dor no estômago e ela já está bem melhor” – conta Maria Inez, mãe de Ana.
Segundo o gastropediatra Gustavo Sobral da Silva, do Hospital Doutor Balbino, o tratamento infantil é igual ao do adulto: “Quando a bactéria é encontrada, prescrevemos antibiótico durante sete ou 14 dias e, por mais dois meses, uma medicação de controle. Se não há bactéria, usamos antiácido.” Para ele, frutas ácidas como laranja e limão não interferem na dor. “Não há qualquer problema em oferecer sucos naturais às crianças” – garante o gastropediatra.
Cuidados a serem observados:
Para a barriguinha não doer.
1 Não compartilhe objetos que vão a boca. Oriente as crianças a não tomarem no mesmo copo dos amigos e dos irmãos.
2 Algumas mães têm o hábito de mastigar alimentos mais resistentes, como carne, para amaciá-los para as crianças. Não haja assim em hipótese alguma.
3 Escolha escovas de dentes de cores fortes para cada membro da família. Assim, a criança não corre o risco de se enganar.
4 Beijo na boca é para adulto. Não dê bitocas nas crianças.
Para quem já tem gastrite.
Dê muita água. Ela ajuda a diluir o ácido gástrico.
Corte os alimentos que irritam o tubo gástrico. Refrigerantes, café, chás e condimentos picantes devem ser abolidos da dieta.
Ofereça seis refeições leves por dia: café da manhã, colação (lanche da manhã), almoço, lanche, jantar e ceia.
Não aumente a ingestão de leite. Ele estimula a produção de ácido.
Fonte: Revista Educar Edição n.º 9 – Setembro / 2004.
Site cada Dia Net.

Roupas Justas e Saúde

Resumo
Especialistas dizem que peças muito apertadas podem prejudicar circulação e dão urticária.
Para os bebês:
A roupa apertada é con­tra-indicada por dez en­tre dez pediatras: sim­plesmente incomoda, limita os movimentos.
O princípio do guarda-roupa dos pequerruchos é conforto - e só. Depois que crescem, a causa é abandonada e aí os armários pas­sam a ser recheados com calças apertadérrimas (daquelas que é preciso deitar na cama para vestir) é blusas tão justas por onde não passa nem pensamento.
Adultos:
Homens e mu­lheres aderem à moda da roupa justa, com o objetivo de valorizarem algumas partes do corpo. Mas o sacrifício pela estética (porque não há como negar que de prazeroso não tem nada) prejudica a saúde? Em alguns casos sim. Segundo a dermatologista Dóris Hexsel, do De­partamento de Cosmiatria da So­ciedade Brasileira de Dermatologia, as roupas apertadas interferem na circulação do sangue, mas também podem ser úteis em algumas si­tuações específicas:
- Roupas apertadas podem di­ficultar a circulação e o retorno venoso e linfático, especialmente se elas apertarem uma área específica do corpo. Mas meias justas e ber­mudas elásticas podem ser úteis para prevenir a fIacidez, uma causa secundária de celulite. O problema é que se as roupas justas forem usadas inadequadamente podem acabar, sim, agravando a celulite.
Pele é a que mais sofre:
Já no aumento das estrias, as roupas apertadas em nada inte­rferem. Segundo os especialistas, o que aumenta as listras inde­sejadas são o ganho de peso, o crescimento rápido e o aumento circunferêncial que ocorre duran­te a gravidez e na síndrome de Cushing (ingestão de corticóides).
Mas as roupas apertadas podem produzir um tipo de urticária, cha­mada dermografismo.
- As urticárias podem reproduzir lesões em áreas que se arranha ouse fricciona a pele. Roupas apertadas provocam fricção e, com isso, a re­produção de lesões - explica Dóris, que garante que não são só as roupas apertadas as vilãs de algumas doen­ças: o material delas também pode ser nocivo.
- Alguns tecidos podem pre­judicar a pele, como, por exemplo, os sintéticos para as pessoas que trans­piram muito ou que trabalham em ambientes muito úmidos: eles podem favorecer o surgimento de micoses e certas irritações, especialmente nas dobras.
Há pessoas também que apresentam alergias a roupas de couro, elástico de sutiã e todos os acessórios de metais.
Estudos são divergentes:
Para os homens, a grande preo­cupação é com a fertilidade: alguns estudos mostram que apertar demais a região genital pode prejudicar a qualidade do espermatozóide, assim como trabalhar tempo demais sen­tado por um longo período. Segundo o urologista Marcos Fortes, não há comprovação científica de que a rou­pa apertada leve à infertilidade.
- A calça justa causa um au­mento da temperatura da bolsa es­crotal e o ideal é que os testículos fiquem em temperatura normal para não haver alteração da função. Mas ainda não existe um estudo que confirme a relação - diz ele.
O angiologista lvanésio Medo tam­bém não vê problemas no uso fre­qüente de roupas apertadas. Garante que as peças não provocam aumento de varizes e não interferem no fun­cionamento dos órgãos. Só condena o uso de coletes pás-drurgias plásticas justos demais no abdômen:
- Os coletes que são usados depois de uma cirurgia plástica na região abdominal, quando muito apertados, podem dificultar o retomo venoso e até levar a um inchaço das pernas. Alguns pontos também me­recem mais cuidado, como a virilha, que não deve sofrer pressão cons­tante, por ser um ponto de estran­gulação.
Para as viagens em que se passa tempo demais sentado o ideal são roupas confortáveis. A posição já é ruim para a circulação e a roupa vira um incômodo a mais.
Fonte: Revista o GLOBO 37 - 20.3.2005.
Site cada dia Net.

Exame de mulher

Resumo
Exames preventivos e feitos regularmente, são necessários para evitar doenças e manter a saúde.
O procedimento é simples. A coleta do material para análise pode ser feita no consultório do ginecologista em poucos minutos. Para se ter uma idéia da importância do exame, basta lembrar que nos últimos 50 anos a incidência de câncer de colo de útero vem diminuindo.
E os especialistas creditam essa vitória à força preventiva do papanicolau e aos avanços nessa técnica de rastreamento da doença.
De modo simples, o exame é capaz de detectar alterações celulares que podem levar ao câncer. Descobertas e tratadas precocemente, essas alterações dificilmente evoluem para um tumor cancerígeno.
Para garantir esse fator de prevenção, a mulher precisa fazer esse exame com regularidade, explica a ginecologista Vânia Vendramini Braga, do Hospital e Maternidade São Camilo - Pompéia, em São Paulo.
Em geral, a recomendação é que esse exame seja feito uma vez a cada ano. Caso os resultados sejam negativos para qualquer alteração celular em dois anos consecutivos, a mulher pode passar a realizá-lo de dois em dois anos.
No consultório
Em geral, a coleta do material para análise é feita no próprio consultório do ginecologista como parte dos procedimentos do exame ginecológico completo.
Porém, ela também pode ser feita em laboratório, com hora marcada, dependendo da preferência do médico e da paciente. Independente do local, o procedimento é o mesmo.
O médico colhe o material com a ajuda de um aparelho chamado espéculo, conhecido também como bico de pato, que é introduzido na vagina e chega até o colo do útero. Ali, com a ajuda de uma espátula, colhe células que depois são colocadas em uma lâmina e irão para análise em uma laboratório.
Algumas mulheres sentem um pouco de desconforto, mas em poucos minutos tudo termina. Uma dica: quanto mais relaxada, menor será o desconforto.
Antes de fazer o exame, é preciso apenas observar algumas recomendações. Ele deve ser feito pelo menos uma semana antes da menstruação e é preciso estar três dias sem praticar relações sexuais.
Fonte: www.jnjbrasil.com.br/noticia.
Site cada Dia Net.

Cuidado com a Próstata

Resumo
A próstata é o maior causador de cancer entre homens. Deixe seu preconceito de lado e cuide da sua saúde.
Devo mesmo consultar um urologista para isso?
A consulta com o urologista tornou-se uma rotina nos dias de hoje. O câncer de próstata é o tumor maligno mais detectado no sexo masculino e atinge grande parcela da população após os 50 anos. A utilização dos novos meios de diagnóstico e tratamento do câncer de próstata permite a detecção precoce e a cura desta doença. Por isso, campanhas de esclarecimento promovidas pelo Sistema Público de Saúde e amplamente divulgadas pela Sociedade Brasileira de Urologia e pela mídia difundiram a informação que todo homem com mais de 50 anos (em alguns casos, após os 40 anos) precisam consultar o urologista anualmente para se proteger contra o câncer de próstata. Apesar disso, muitos homens relutam em consultar o médico urologista pelo receio de que tenham que se submeter ao toque retal.
Mas por que isso é necessário? Será que com toda evolução tecnológica da medicina atual este exame ainda precisa ser feito? Não há um exame que substitua esse toque?
Essas perguntas são repetidas insistentemente por todos os que consultam os urologistas. As respostas são curtas e secas: é necessário por que é o melhor exame; ou então o toque faz parte do exame físico. Na verdade, as razões que levam as pessoas a ter receio de se submeter ao exame vão desde questões simplesmente culturais até o medo de descobrir mesmo uma doença e ter que se tratar. Todavia, quando recebem explicações mais detalhadas sobre o toque retal, todas as pessoas que consultam o urologista vencem facilmente qualquer constrangimento e não se incomodam mais em serem examinadas. Porque não posso simplesmente fazer um exame de sangue ou uma ultra-sonografia?
Na fase em que a doença pode ser curada não ocorrem manifestações clínicas. Porém ausência de sintomas não representa ausência de doença. O tumor inicial é muito pequeno para provocar desconforto nos indivíduos. Se esperarmos o crescimento do tumor a ponto de produzir sintomas, perderemos a oportunidade de curar o câncer da próstata. Por isso é necessário procurar pelos primeiros sinais que o câncer de próstata produz, antes que ele se manifeste. Quando o tumor é muito pequeno, os métodos de diagnóstico por imagem não são capazes de distinguir claramente o tumor do tecido normal. Com freqüência, o exame diz que não existe tumor, mas ele está presente. Outras vezes o exame sugere que existe um problema, mas na realidade é apenas uma inflamação. Tumores pequenos são identificados corretamente pela ultra-sonografia em menos de 50% dos casos. Um exame mais sensível para a detecção do tumor na fase inicial é a dosagem do antígeno prostático específico (PSA de prostatic specific antigen). O PSA é uma substância produzida na próstata para ser eliminada junto com o sêmen. Tem a finalidade de ajudar o espermatozóide no processo de fecundação. As taxas de PSA no sangue geralmente são baixas, muitas vezes inferiores a 2,5 ng/dl. As células cancerosas produzem uma quantidade maior de PSA que as células normais. Assim, se fizermos a dosagem do PSA no sangue e encontrarmos valores superiores a 2,5 ng/dl em alguns casos, ou superiores a 4,0 ng/dl em outros, poderemos estar diante de um câncer de próstata. Porém, não é somente o tumor maligno que é capaz de aumentar o PSA. O tumor benigno (hiperplasia de próstata) e a infecção (prostatite) também produzem mais PSA e podem confundir o diagnóstico. O câncer de próstata também causa um endurecimento dos tecidos que adquirem a consistência de pedra. Somente o câncer tem esta característica. Além disso, o local mais freqüente em que o tumor se origina é na região periférica da glândula, próxima ao intestino reto. Por isso, o toque retal é o exame mais sensível para detectar o tumor quando ele ainda está pequeno. Ao tocar na próstata, através do reto, o urologista consegue sentir a área endurecida. Pode-se afirmar que se três médicos examinarem cem pacientes com câncer de próstata utilizando isoladamente somente um recurso, aquele que solicitar somente uma ultra-sonografia identificará corretamente cerca de 50% dos casos. O que se utilizar somente o PSA, identificará 70 a 90% e aquele que se valer somente do toque retal, 80 a 95%. Para garantir maior segurança no exame preventivo a melhor opção é a realização do PSA e do toque retal em conjunto.
O toque retal é dolorido?
O médico deve fazer o exame delicadamente para não provocar dor no paciente. Normalmente, o toque é feito com o dedo indicador, revestido por uma luva de plástico ou de látex, adequadamente lubrificado. A dor só ocorre se o paciente já tiver um problema na região do ânus. Porém, mesmo assim, é mínima. A sensação de dor é afetada por problemas psicológicos. Normalmente, a pessoa que sente medo do exame, refere mais dor. Porém, a maioria das pessoas, depois de devidamente esclarecida sobre o exame pelo seu médico, fica tranqüila e refere que o toque retal é muito mais simples do que lhe parecia. Mesmo na presença do câncer, o toque retal não dói.
O que o urologista quer saber, ao fazer o toque retal?
Ao fazer o exame, o médico procura identificar a próstata, que fica logo à frente do intestino reto. Ele avalia o tamanho do órgão, seus limites e características anatômicas habituais. A próstata normal tem consistência macia (como a da ponta do nariz), limites precisos e um sulco na região mediana, que a divide em dois lobos laterais (direito e esquerdo). O tamanho é equivalente ao de uma noz. Quando há hiperplasia benigna, a próstata cresce mas preserva sua consistência e seus limites continuam fáceis de identificar. Se existir um tumor, o urologista pode sentir uma região (nódulo) com a consistência bastante endurecida (pétrea) e identificá-lo quando ainda é curável (pequeno). Neste caso, ele poderá indicar a realização de uma biópsia de próstata para confirmação da suspeita. Com tumores grandes, toda a próstata fica endurecida e seus limites ficam difíceis de identificar. Quando o toque retal é feito anualmente, a partir dos 50 anos, o médico identifica a doença quando ela ainda é apenas um nódulo e tem todas as chances de cura. Se o exame é adiado, para quando os sintomas surgem, a doença será identificada apenas quando for tarde demais.
Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia.
Site Cada Dia Net.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

10 dicas para escolher o seu exercício

Resumo
Paulo Gomes é diretor técnico da Associação Brasileira das Academias de Ginástica.
Bons Motivos Para Cuidar do Corpo:
1- Manutenção da composição corporal.
2- Independência na vida diária.
3- Prevenção de quedas.
4- Prevenção de doenças degenerativas.
5- Ocupação saudável nas horas de lazer.
6- Melhora da auto-estima e da qualidade de vida.
7- Melhora do sistema cardiovascular, que propicia melhor desempenho no dia-a-dia.
8- Prevenção de uma das piores doenças da terceira idade: o Mal de Alzheimer.
9- Melhora da estética corporal, um ganho que se pode ter em qualquer idade.
10- Controle da gordura abdominal, um dos problemas que, com a idade, leva a problemas cardiovasculares e metabólicos, podendo causar diabetes tipo 2 e doenças no coração.Escolhendo as Atividades:
1- Procure uma atividade prazerosa, algo que você goste. -->
2- Procure realizá-la com outras pessoas, formando um grupo.
3- Crie uma rotina, com um horário específico para o exercício.
4- Busque todas as informações sobre o esporte ou a atividade. Quanto mais ganhar conhecimento, mais motivação terá.
5- Converse com pessoas que tenham mais experiência naquela prática . Elas poderão lhe ajudar a evitar problemas, lesões e dar mais motivação. Servirão como um incentivo para você também atingir aquela experiência.
6- Peça ajuda profissional. Converse com um médico sobre possíveis riscos e exames necessários. Já o professor de ginástica irá ajudá-lo a fazer os exercícios.
7- Assista a eventos daquela modalidade, pessoalmente ou na TV, e participe dos eventos.
8- Comece devagar, lenta e progressivamente. Progrida lentamente. Se você começar exigindo muito de si, o corpo vai doer e isso pode ser um passo para você desistir.
9- Adquira outros hábitos saudáveis que aumentarão a aderência ao exercício e trarão mais resultados benéficos. Uma alimentação balanceada e boas noites de sono são alguns hábitos que você já pode adotar.
10- Tenha persistência. Lembre-se que seu objetivo é mais importantes a longo prazo do que a preguiça imediata.
Fonte: Antônio Cláudio Lucas Nóbrega é cardiologista, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

Menopausa

Resumo
Veja os sintomas e como vencer esta etapa da vida.
A menopausa é apenas mais uma das fases da vida reprodutiva da mulher... Mas é a fase onde ocorre o maior número de sintomas e sofrimento para a mulher que não souber administrar e lidar bem com este período... É nesta fase, entre os 40 e 50 anos, mais ou menos, que o organismo feminino diminui a produção de estrógenos, levando a um desequilíbrio hormonal. Surge, então, uma série de sintomas: ondas de calor, suores noturnos, insônia, diminuição do desejo sexual, irritabilidade, depressão, ressecamento vaginal, diminuição da atenção e da memória, entre outros. É nesta fase da vida, do ponto de vista emocional, que a mulher passa a viver uma série de conflitos... A mulher que chega hoje aos 40/50 anos, é uma mulher que tomou pílula anticoncepcional, que efetuou um planejamento familiar, que está, profissionalmente, no auge de sua carreira, ocupando lugares de grandes exigências e de muita responsabilidade. Além disso, neste período, a mulher se depara mais fortemente com o dilema da atualidade: manter-se eternamente jovem, porque a sociedade cultua a juventude e a beleza... E, ao olhar-se ao espelho, observando rugas, sua imagem envelhecida, gordurinhas a mais, não há como não ficar ansiosa ao verificar que sua juventude física está se esvaindo... Esta também é uma fase onde os filhos já crescidos e criados ou a caminho da emancipação não exigem mais os cuidados maternos de antes. É, também, neste período da vida, que os pais da mulher passam a exigir maiores cuidados por parte dela... Este conjunto de alterações dos papéis familiares exigem uma readaptação da mulher... É nesta fase, também, que a perda de familiares ou de amigos ocorre com maior frequência. Este período da vida da mulher é o momento em que ocorre um grande número de perdas simultaneamente: perda do papel maternal, da juventude, da vida reprodutiva, de entes queridos... Uma mulher que não esteja preparada para vivenciar esta fase com toda esta problemática, com certeza ficará ansiosa e depressiva.... Afinal, como lidar com todas estas mudanças? Se passou a vida a se preocupar com os filhos, o dia a dia deles, como lidar com o vazio que a independência deles gera? E como lidar com a mudança do papel de filha? Afinal, seus pais, que sempre se dedicaram e cuidaram dela , passam agora a exigir que ela cuide deles... Que mudança!!! Além disso como lidar com o envelhecimento do corpo numa sociedade que privilegia a juventude eterna? É muito comum, as mulheres, nesta fase da vida, entrarem em depressão tanto pela variação hormonal, como pela dificuldade de encarar todas estas mudanças... Mas é importante que ela se conscientize de que esta fase, apesar das perdas, é maravilhosa também... Não há mais a preocupação com uma possível gravidez! É o momento em que a diminuição da preocupação com a educação dos filhos proporciona um tempo maior onde ela pode se dedicar a seus projetos pessoais engavetados pela falta de tempo (aquele curso, aquela 2* lua de mel com o marido, etc...). É o momento para repensar sua relação com seus pais e se permitir retribuir a eles todo o amor do mundo que eles dedicaram a ela! É hora, também, de repensar o culto ao corpo e aceitar o fato de que se o corpo está envelhecendo... A mente, por sua vez, está no seu ápice... Deve-se usar e abusar das experiências de vida acumuladas ao longo dos anos... E permitir-se viver!! Portanto, apesar dos sintomas físicos desta fase (que podem ser facilmente tratados através da reposição hormonal), é importante repensar e aceitar as mudanças que nela ocorrem....
Fonte:Olga Inês Tessari - Psicóloga e Psicoterapeuta -
www.ajudaemocional.com

Câncer do Colo do Útero

Resumo
A melhor forma de evitar, é prevenir.
No Brasil, estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na população feminina, sendo superado pelo câncer de pele não melanoma e pelo de mama. Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres. É uma doença que pode ser prevenida, estando diretamente vinculada ao grau de subdesenvolvimento do país.
De acordo com dados absolutos sobre a incidência e mortalidade por câncer do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo do útero foi responsável pela morte de 3.953 mulheres no Brasil em 2000.

Fatores de Risco
Vários são os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero. Os fatores sociais, ambientais e os hábitos de vida, tais como baixas condições sócio-econômicas, atividade sexual antes dos 18 anos de idade, pluralidade de parceiros sexuais, vício de fumar (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados), parcos hábitos de higiene e o uso prolongado de contraceptivos orais são os principais. Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV) e o Herpesvírus Tipo II (HSV) têm papel importante no desenvolvimento da displasia das células cervicais e na sua transformação em células cancerosas. O vírus do papiloma humano (HPV) está presente em 99% dos casos de câncer do colo do útero.
Prevenção
Apesar do conhecimento cada vez maior nesta área, a abordagem mais efetiva para o controle do câncer do colo do útero continua sendo o rastreamento através do exame preventivo. É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite reduzir em 70% a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco. O Instituto Nacional de Câncer tem realizado diversas campanhas educativas para incentivar o exame preventivo tanto voltadas para a população quanto para os profissionais da saúde.
Exame Preventivo
O exame preventivo do câncer do colo do útero - conhecido popularmente como exame de Papanicolaou - é indolor, barato e eficaz, podendo ser realizado por qualquer profissional da saúde treinado adequadamente, em qualquer local do país, sem a necessidade de uma infra-estrutura sofisticada. Ele consiste na coleta de material para exame na parte externa (ectocérvice) e interna (endocérvice) do colo do útero. O material coletado é afixado em lâmina de vidro, corado pelo método de Papanicolaou e, então examinado ao microscópio.
Para a coleta do material introduz-se um espéculo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa e interna do colo através de uma espátula de madeira e de uma escovinha endocervical. A coleta endocervical nas gestantes pode ser realizada, mas deve ser evitada.
A fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nos dois dias anteriores ao exame e não submeter-se ao exame durante o período menstrual.
Quando Fazer o Preventivo?
Toda a mulher que têm ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos de idade. Inicialmente o exame deve ser feito a cada ano. Se dois exames anuais seguidos apresentarem resultado negativo para displasia ou neoplasia, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.
O exame também deve ser feito nas seguintes eventualidades: período menstrual prolongado, além do habitual, sangramentos vaginais entre dois períodos menstruais, ou após relações sexuais ou lavagens vaginais.
O exame deve ser feito dez ou vinte dias após a menstruação, pois a presença de sangue pode alterar o resultado. Mulheres grávidas também podem realizar o exame. Neste caso, são coletadas amostras do fundo-de-saco vagina posterior e da ectocérvice, mas não da endocérvice, para não estimular contrações uterinas.
Sintomas
Quando não se faz prevenção e o câncer do cólo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele progredirá, ocasionando sintomas. Os principais sintomas do câncer do colo do útero já localmente invasivo são o sangramento no início ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação.
Tratamento
Só um profissional de saúde pode avaliar adequadamente cada caso e fazer a indicação de um tratamento adequado.
Fazer o tratamento é:
• só tomar remédio ou passar pomadas e cremes que forem indicados pelo serviço de saúde;
• tomar a quantidade indicada e nas horas certas, até o final do tratamento. Não pare de tomar os remédios e/ou de colocar as pomadas antes do tempo indicado, mesmo que os sintomas desapareçam. A doença pode ficar escondida;
• retornar ao serviço de saúde sempre que for marcado;
• manter seu exame preventivo em dia
Fonte: Intituto Nacional do Câncer
www.inca.gov.br

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Questões Acerca do Hábito de Comer Carne



DEVERÍAMOS PARAR DE COMER CARNE ?
Câncer, doenças cardíacas, crueldade com os animais, matança de semelhantes, desastre ecológico... Afinal, será que você deveria virar um vegetariano ?
Comer não é só uma questão de matar a fome. A decisão sobre que comida colocar no prato tem implicações econômicas, ambientais, éticas, culturais, fisiológicas, filosóficas, históricas e religiosas. Esta pesquisa não ensina você a comer. Felizmente, essa ainda é uma decisão pessoal, que depende apenas do seu julgamento sobre o que é certo e o que é errado. Se você, depois de terminá-la, vai devorar uns brócolis ou um cheeseburger, já não é assunto nosso. Só esperamos que, terminado o texto, ao decidir o que comer você saiba o que está fazendo e o que isso implica.
O QUE É CARNE ?
A faca desce macia, cortando sem esforço o pedaço de picanha. Dourada e crocante nas bordas, tenra e úmida no centro. Você põe a carne na boca e mastiga devagar, sentindo o tempero, a maciez, a temperatura. O sumo que escorre dela enche a boca e, com ele, o sabor incomparável. Carne é bom. Mas que tal assistir à mesma cena sob outra perspectiva ? No prato jaz um pedaço de músculo, amputado da região pélvica de um animal bem maior que você. Com a faca, você serra os feixes musculares. A seguir, coloca o tecido morto na boca e começa a dilacerá-lo com os dentes. As fibras musculares, células compridas - de até 4 centímetros - e resistentes, são picadas em pedaços. Na sua boca, a água (que ocupa até 75% da célula) se espalha, carregando organelas celulares e todas as vitaminas, os minerais e a abundante gordura que tornavam o músculo capaz de realizar suas funções, inclusive a de se contrair. Sim, meu caro, por mais que você odeie pensar que a comida no seu prato tenha sido um animal um dia, você está comendo um cadáver. Carne é tecido animal, em geral muscular. As fibras que a compõe são feixes de células musculares, enroladas umas nas outras. Em volta delas há uma cobertura de gordura, cuja função é lubrificar o músculo e permitir que ele relaxe e se contraia suavemente. Ou seja, não há carne sem gordura. A diferença entre carne branca e vermelha é a quantidade de ferro no tecido - o mesmo mineral que dá cor ao sangue.
Há no mundo 1.35 bilhão de bois e vacas. Criamos 930 milhões de porcos, 1,7 bilhão de ovelhas e cabras, 1,4 bilhão de patos, gansos e perus, 170 milhões de búfalos. Some todos ele e temos uma população de animais quase equivalente à humana dedicando sua vida a nos alimentar - involuntariamente, é claro. E isso porque ainda não incluímos na conta a população de frangos e galinhas abastecendo a Terra de ovos e carne branca: 14,85 bilhões. Só no Brasil há 172 milhões de cabeças de gado bovino - uma para cada cabeça humana. Nosso rebanho bovino só é menor que o da Índia, onde é proibido matar vacas. Na média, um brasileiro come perto de 40 quilos de carne bovina por ano - ou seja, uma família de cinco pessoas devora um vaca em 12 meses. Somos o quarto país do mundo onde mais se come carne bovina. Um brasileiro médio come também 32 quilos de frango e 11 quilos de porco todo ano. O rebanho mundial ocupa um quarto do território terrestre. Faz sentido?
CARNE FAZ MAL ?
Quem come mais carne - especialmente carne vermelha - tem índices maiores de câncer e de enfarte, as duas principais causas de morte do planeta. Isto é, mais carne, mais doenças. O raciocínio vale em parte para o câncer também. Os comedores de carne morrem mais de câncer de intestino, boca, faringe, estômago, seio e próstata. Ainda assim, o elo entre carne e câncer é meio frouxo. Agora, de uma coisa ninguém tem dúvidas: vegetais fazem bem. Uma dieta rica em frutas, legumes e verduras claramente reduz as chances de ter câncer no esôfago, na boca, no estômago, no intestino, no reto, no pulmão, na próstata e na laringe, além de afastar os ataques cardíacos. Frutas e legumes amarelos têm caroteno, que previne câncer no estômago; a soja possui isoflavona, que diminui a incidência de câncer de mama e osteoporose; o alho tem alicina, que fortalece o sistema imunológico...
DÁ PARA VIVER SEM CARNE ?
Dá. O vegetarianismo exige cuidados e conhecimentos de nutrição, mas com certeza pode-se ter uma dieta saudável sem carne. Um vegetariano tende a prestar mais atenção no que come e nos efeitos disso sobre seu corpo. Os ovolactovegetarianos não têm problemas com proteínas porque os derivados de animais são tão protéicos quanto a carne. Ovolactovegetarianos não podem basear sua dieta no leite, nos ovos e nos queijos, sob risco de ficarem sem nutrientes valiosos. É preciso comer muitos e variados vegetais, em especial soja, feijão, brócolis, couve, espinafre - todos ricos em ferro. A quantidade é fundamental, porque o ferro dos vegetais é menos absorvido pelo corpo que o de origem animal. Uma boa dica é acompanhar as refeições com suco de laranja, já que a vitamina C ajuda na absorção do ferro. Já para os vegans, a palavrinha mágica é soja. A questão é a seguinte: suprir as necessidades protéicas como carne é fácil, a soja, entre os vegetais, é o que tem as proteínas mais completas. Há outras fontes de proteínas, como o feijão, mas se você não come soja, vai precisar de grandes quantidades e de muita variedade de vegetais para juntar todos os aminoácidos de que precisa. "Desde que sigam essa regra, os vegans tendem a ter uma dieta até mais equilibrada que os ovolactovegetarianos, já que não ocupam lugar no estômago com ovos e leite, que são pobres em vários nutrientes", diz o nutricionista vegan George Guimarães. Uma questão para os vegans é a vitamina B12, que o corpo não produz e não existe em vegetais. Mas suprir as necessidades de B12 é fácil: qualquer biscoito ou cereal com a palavra "fortificado" no rótulo contém a vitamina. Ela também é vendida em cápsulas.
SOMOS VEGETARIANOS POR NATUREZA?
Não, infelizmente. " O homem tem dentes pequenos e sistema digestivo curto, características de onívoros".
O PLANETA PRECISA DE CARNE ?
Não. Na verdade, se todos fossem vegetarianos, é provável que não houvesse tanta fome no mundo. É que os rebanhos consomem boa parte dos recursos da Terra. Uma vaca, num único gole, bebe até 2 litros de água. Num dia, consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43.000 litros de água. Um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água. Sem falar que damos grande parte dos vegetais que produzimos aos animais. Um terço dos grãos do mundo viram comida de vaca. Num mundo vegetariano haveria lavouras mais diversificadas e teríamos muito mais recursos para combater a fome. E não se trata só de comida. A pecuária esgota o planeta de outras formas. " Para começar, ocupa um quarto da área terrestre e não para de se expandir ", diz o ativista vegetariano Jeremy Rifkin. A pressão para a derrubada das florestas, inclusive a amazônica, vem em grande parte da necessidade de pasto. Entre os danos ambientais causados pelo gado, está também o aquecimento global. Os gases da flatulência de bois e ovelhas - não, isso não é uma piada - estão entre os principais causadores do efeito estufa.
COMO VIVEM E MORREM OS ANIMAIS ?
BOI - No Brasil, os bois são criados soltos. Provavelmente, essa forma de criação é menos terrível que a de países frios do Cone Sul e da Europa, onde os invernos matam o pasto e fazem com que os animais fiquem fechados em áreas apertadas, comendo só ração. Isso não que dizer que seja o melhor do mundo. Os animais muitas vezes passam fome, vivem cheios de parasitas e apanham copiosamente. "O manejo no Brasil é muito bruto", diz o etólogo Mateus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Jaboticabal, especialista no assunto. Não existe aqui no Brasil a produção de vitela - carne muito branca e macia de bezerros mantidos em jaulas super apertadas para evitar que se movimentem. Para acentuar a brancura da carne, os criadores não permitem que o bezerro coma grama ou grão, só leite - a dieta tem que ser pobre em ferro e em outros nutrientes, forçando uma anemia no animal. Para matar um boi, primeiro se dá um disparo na testa com uma pistola de ar comprimido. O tiro deixa o animal desacordado por alguns minutos. Ele então é erguido por um argola na pata traseira e outro funcionário corta sua garganta. " O animal tem que ser sangrado vivo, para que o sangue seja bombeado para fora do corpo. Em 1997, a ativista de direitos dos animais americana Gail Eisnits escreveu o bombástico livro Slaughterhouse ("Matadouro", inédito no Brasil), no qual acusava os matadouros de sangrar muitos animais ainda conscientes. O abate a marretadas está proibido no país, o que não quer dizer que não aconteça - já que quase 50% dos abates são clandestinos e, portanto, sem fiscalização. O problemas da marretada é que não é fácil acertar o boi com o primeiro golpe. Muitas vezes, são necessários dezenas para matá-lo, e ninguém garante que o carrasco que irá matar o boi irá acertar essa dezenas de golpes na testa. Muitas vezes os golpes acertam os olhos, o focinho e acabam desfigurando todo o animal antes que ele morra. Com tanta crueldade assim não dá para entender como ainda tem gente que insiste em comer carne, sendo que temos diversas outras opções de alimentação, sem tortura, e sem crueldade.
GALINHAS - Essas quase sempre levam uma vida miserável. Vivem espremidas numa gaiola do tamanho delas. As luzes ficam acesas até 18 horas por dia - assim elas não dormem e comem mais (isso acontece principalmente com as que produzem ovos). Seus bicos são cortados para que não matem umas às outras e para evitar que elas escolham que parte da ração querem comer - caso contrário, ciscariam apenas os grãos de seu agrado e deixariam de lado alimentos que servem para que engordem rápido. A morte é rápida. As galinhas ficam presas numa esteira rolante que passa sob um eletrodo. O choque desacorda a ave e, em seguida, uma lâmina corta seu pescoço. Pintinhos machos são sacrificados numa espécie de liquidificador gigante. Parece horrível, mas é a mais indolor das mortes descritas aqui.
PORCOS - Outros azarados. Não têm espaço nem para deitar confortavelmente. "São confinados do nascimento ao abate", diz Pinheiro Filho. As gestantes são forçadas a parir atadas a uma fivela, apertadas na baia. O abate é parecido com o de bovinos, com a diferença que o atordoamento é feito com um choque elétrico na cabeça do animal. É jogado num tanque de água fervendo após o sangramento, para facilitar a retirada da pele. Gail Eisnitz afirma, em seu livro, que muitos porcos caem na água fervendo ainda vivos.
PATOS E GANSOS - Os mais infelizes são os gansos e patos da França. O foie gras, um patê tradicional e sofisticado, é feito com o fígado inflamado das aves. Os produtores colocam um funil na boca delas e as entopem de comida por meses, fazendo com que o fígado trabalhe dobrado. Isso provoca uma inflamação e faz com que o órgão fique imenso, cheio de gordura. Ou seja, o patê, na prática, é uma doença. Há movimentos pedindo o banimento do produto.
E O QUE FAZER A RESPEITO ?
Há uma verdade inescapável: ao comermos carne, somos indiretamente responsáveis pela morte de seres que têm pai, mãe, sofrem, sentem medo. Os vertebrados sentem dor! Podemos escolher ovos caipiras produzidos por galinhas criadas soltas, em companhia de galos, sob o sol, ou podemos optar por produtos de empresas que não fazem testes em animais. Tudo isso depende da nossa atitude e amor pelos animais. Faça sua parte! Se cada um fizer a sua teremos um mundo mais justo, livre de crueldade e saudável.
Fonte: Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal
"Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor."
Pythagoras